O principal problema na população associado ao envelhecimento é a saúde debilitada.
Os hospitais estão superlotados e a demanda continuará a exceder a oferta para os próximos 20 anos. Calcula-se que em média 10% (705 milhões) da população mundial seja constituinte por idosos e estima-se que, em 2050, o número de idosos atingirá 11332% da população mundial¹.
Neste post você saberá:
- Quais as implicações associadas ao envelhecimento?
- Qual o resultado desta perda muscular?
- Como este processo pode afetar a vida dos idosos?
- Como podemos contornar essa situação?
Quais as implicações associadas ao envelhecimento?
O envelhecimento está associado a inúmeras mudanças que podem afetar a saúde e/ou o tempo de vida. Um dos maiores problemas associados ao envelhecimento da população é uma perda progressiva na massa muscular esquelética, força muscular e funcionalidade. O metabolismo das proteínas musculares é equilibrado entre a degradação das proteínas musculares e a sua síntese. Por diferentes motivos esse equilíbrio é comprometido e há uma diminuição na qualidade e quantidade das fibras musculares e na taxa de síntese proteica no idoso.
Qual o resultado desta perda muscular?
A sarcopenia é uma condição de saúde que está definida, por consenso, como a perda involuntária e constante de massa, força e função muscular que ocorre com o avançar da idade³. A prevalência de sarcopenia é relatada como 5 a 13% na população de 60 a 70 anos, atingindo 11 a 50% em pessoas com mais de 80 anos². Com o aumento da população de idosos e o índice de sarcopenia nos mesmos, é possível que vivenciemos o desenvolvimento de uma progressão acentuada de pacientes sarcopênicos com o passar dos anos. Uma situação preocupante uma vez que há implicações relacionadas à sarcopenia, bem como doenças crônicas e a incapacidade, presentes em 50% dos idosos com mais de 80 anos⁴.
Como este processo pode afetar a vida dos idosos?
De forma a expandir o conhecimento para esta condição e promover a sua identificação e tratamento, foi sugerido que sarcopenia seja considerada como uma síndrome geriátrica⁵. A perda de força e massa muscular condiciona o idoso a uma diminuição da sua mobilidade, resultando em incapacidade funcional e dependência em suas atividades, podendo levar até mesmo, a traumas físicos como quedas e fraturas, por falta de condicionamento ao tentar exercer atividades corriqueiras.
O tecido muscular representa de 40% a 50% do peso corporal total, sendo composto de células altamente especializadas. De uma maneira geral, todas as funções físicas do corpo humano refletem a atividade muscular e as implicações relacionadas à mobilidade são o maior desafio para o consumidor idoso, pois resultam em uma qualidade de vida inferior. O corpo envelhecido sofre várias alterações metabólicas inatas, mas muitas modificações estão associadas também ao aumento da vida sedentária e má alimentação. A massa muscular corporal diminui progressivamente com a idade, mesmo em indivíduos saudáveis⁴ e manter o equilíbrio é um dos maiores desafios, pois está associado a adequar a ingestão nutricional, e a sua falta corresponde à maior taxa de doenças e incapacidade na população de idosos.
O músculo esquelético começa a declinar por volta dos 45-55 anos⁶. Acredita-se que a partir dos 40 anos o corpo perde cerca de 5% de massa muscular a cada década, acentuado após os 65 anos⁶. De acordo com Welle et al. “A capacidade de sintetizar proteínas diminui em 28% em idosos”. O músculo em envelhecimento é menos sensível a doses menores de aminoácidos e requer maiores quantidades de proteína para estimular agudamente a síntese de proteína muscular⁸.
Como podemos contornar essa situação?
Um dos maiores desafios da classe médica para as próximas décadas será o tratamento destes idosos já com condições clínicas associadas a perda muscular e, consequentemente, a diminuição da capacidade. Mas o ponto é trabalhar cada vez mais as intervenções preventivas em geriatria e gerontologia, contribuindo favoravelmente a qualidade de vida e projeção para que o envelhecimento possa ser saudável.