A Leaky Gut Syndrome ou síndrome do intestino permeável é caracterizada pela alteração funcional das camadas do intestino que realizam a proteção contra bactérias e demais agentes infecciosos que estão presentes no nosso corpo.
Quando essa função protetora deixa de acontecer, nosso organismo pode desenvolver doenças autoimunes e uma série de condições médicas que alteram nossa digestão, sistema imunológico, sistema endócrino, pele e até mesmo podem alterar e interferir no nosso humor.
A princípio a Leaky Gut Syndrome está diretamente relacionada com a nossa alimentação e com alguns fatores genéticos que alteram nossa digestão (principalmente do glúten). Entretanto, a medicina ainda busca para encontrar demais causas e fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição.
Abaixo, falaremos mais sobre essa síndrome e quais são alguns dos problemas que ela pode causar na sua saúde. Pronto para saber mais a respeito? Continue sua leitura até o final!
Quais são os principais sintomas da Leaky Gut Syndrome?
A Leaky Gut Syndrome apresenta uma longa lista de sintomas que varia de pessoa para pessoa. Os mais comuns são estes:
- cansaço sem razão aparente;
- problemas digestivos;
- retenção hídrica (inchaço);
- sensibilidade alimentar;
- problemas de pele.
Além desses, algumas pessoas podem desenvolver ou ficar mais suscetíveis a doenças autoimunes, como alergias e outras doenças, como artrite reumatoide, por exemplo. Alterações no humor, distúrbios hormonais — principalmente em mulheres, com alteração do ciclo menstrual — também podem estar presente.
Ao todo, a lista de sintomas é enorme e varia de indivíduo para indivíduo, mas, essencialmente, a maioria deles sente cansaço e problemas digestivos, com ênfase na sensibilidade alimentar para os mais variados tipos de alimentos. Essa sensibilidade tende a ser maior em alimentos processados, com a presença de glúten.
Lembrando que dores abdominais, gases, diarreia e demais alterações digestivas também podem aparecer na lista de sinais de quem está passando pelo problema. Inclusive, uma particularidade é a alteração do hálito após a evacuação.
Qual médico trata a síndrome do intestino permeável?
O médico mais indicado para o tratamento dessa síndrome é o gastroenterologista, que é o profissional especialista em doenças que alteram todo o trato gastrointestinal, que inicia na boca e vai até o ânus.
Todas as alterações digestivas podem ser investigadas com maior precisão por essa especialidade médica, que é normalmente munida de exames e de maior conhecimento para tratar e lidar com todos os problemas que estão relacionados no mau funcionamento do sistema digestório.
Apesar disso, vale mencionar que o médico clínico geral também pode ajudar a tratar o problema, assim como alguns nutricionistas, que podem auxiliar o tratamento, mas não podem prescrever nenhum tipo de medicamento.
Vale ressaltar que a síndrome do intestino permeável pode ser tratada com duas frentes diferentes: a primeira com alterações alimentares e a segunda com a utilização de suplementos alimentares que ajudam a regularizar a microbiota intestinal.
Outro ponto importante é que, antes de prosseguir com o tratamento, é fundamental descartar outras comorbidades que alteram o intestino, por isso, a consulta com o gastroenterologista tende a ser sempre a escolha mais acertada e mais segura.
O que causa a Leaky Gut Syndrome?
A síndrome do intestino permeável acontece, em termos mais simples, quando a camada protetora do nosso intestino sofre alterações e passa a se tornar menos eficiente com relação à proteção da nossa própria microbiota intestinal.
Quando essa proteção se torna mais fraca, ou “mais permeável”, agentes nocivos podem entrar na corrente sanguínea e causar alguns sinais e sintomas desagradáveis, como os que vimos anteriormente.
Também vale a pena mencionar que o desequilíbrio da flora intestinal — decorrente da síndrome — pode gerar ainda mais problemas digestivos, o que faz com que a pessoa passe por um período de intenso desconforto abdominal, a depender do caso.
Em muitas das situações, essas alterações fisiológicas ocorrem por conta da má alimentação. Especialmente se o indivíduo for intolerante a algum tipo de alimento (como o glúten, principalmente) ou não tiver uma dieta minimamente balanceada.
Alimentos muito processados, ricos em conservantes e aditivos podem gerar alterações no sistema digestório e também podem causar problemas de saúde. O uso de medicamentos também deve ser estudado, uma vez que antibióticos e outros fármacos também podem alterar a flora intestinal e servir como “estopim” para a síndrome do intestino permeável.
Quais as alterações na alimentação que auxiliam no tratamento?
As alterações que podem provocar a doença são variadas e tendem a modificar de acordo com o indivíduo. Todos nós temos certa individualidade biológica, portanto, um alimento que faz bem ou não causa sintomas para uma pessoa pode ser, de certa forma, um problema para outra.
Contudo, existem algumas diretrizes importantes e que costumam servir de bom parâmetro para indicar quais são os elementos que podem estar causando irritação ou problemas intestinais. São elas:
- alta ingestão de açúcar;
- álcool em excesso;
- falta de vitaminas e minerais essenciais (especialmente Vitamina A e D e o zinco);
- ingestão contínua e em grandes quantidades de produtos industrializados.
Além disso, o glúten costuma ser um problema contínuo e comum para as pessoas que sofrem dessa síndrome. Celíacos — aqueles que são intolerantes ao glúten —, costumam sofrer com a leaky gut syndrome até realizar mudanças na alimentação.
Não podemos deixar de mencionar que, apesar de parecer assustador, uma síndrome é, em termos médicos, um conjunto de sinais em sintomas sem causa aparente. Portanto, ter a síndrome do intestino permeável não é o mesmo que ter uma doença grave que causa sérios riscos à saúde.
Apesar dos problemas causados, todos eles podem ser controlados e devidamente solucionados com mudanças alimentares pontuais. Lembrando que o nutricionista deve estar acompanhando seu progresso assim como o médico especialista.
O uso de suplementos alimentares, como probióticos e a inclusão de alimentos orgânicos tende a ser uma medida padrão que auxilia na recuperação e principalmente na manutenção da saúde por toda vida. As únicas restrições maiores ficam por conta daqueles que são intolerantes ao glúten, esses devem reduzir ou eliminar o consumo de maneira ativa, uma vez que não existem até o momento soluções clínicas que solucionem o problema.
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