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Tipos de colesterol: causas, como identificar e o que fazer

Brenda de Oliveira Cordeiro

Você provavelmente já ouviu falar em colesterol “bom” e “ruim”, mas o que realmente diferencia um do outro? A resposta é mais simples e mais importante do que parece. Conhecer os tipos de colesterol e como eles funcionam no corpo é o que permite identificar riscos cedo e evitar problemas cardiovasculares antes que eles apareçam.

E se termos como LDL, HDL, VLDL e colesterol total ainda não estão claros, este guia foi desenvolvido para explicar cada um deles e orientar os próximos passos. Boa leitura!

Colesterol LDL

O LDL, ou lipoproteína de baixa densidade, é conhecido como o colesterol “ruim”. Ele transporta colesterol do fígado para os tecidos, o que é uma função normal do organismo. O problema aparece quando seus níveis ficam elevados, favorecendo o acúmulo desse colesterol nas paredes das artérias. Com o tempo, esse processo forma placas que atrapalham a circulação do sangue, a aterosclerose.

O LDL alto preocupa porque:

  • Aumenta o risco de infarto e AVC;

  • Contribui para processos inflamatórios nas artérias;

  • Está relacionado à resistência à insulina e outras doenças metabólicas.

Os valores considerados ideais variam conforme a idade, o histórico familiar e as condições de saúde. De modo geral, quanto mais baixo o LDL, menor tende a ser o risco cardiovascular. Quando o objetivo é reduzi-lo, ajustes na alimentação, como aproveitar os benefícios do óleo de linhaça, podem ajudar, sempre com orientação profissional para garantir segurança e eficácia.

Colesterol VLDL

O VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade) é menos comentado, mas igualmente importante. Ele carrega triglicerídeos, que são um tipo de gordura usada como fonte de energia pelo corpo. Quando o VLDL está alto:

  • Indica excesso de triglicerídeos;

  • Aumenta a formação de placas de gordura;

  • Eleva o risco de pancreatite e doenças cardiovasculares.

O VLDL funciona como um “termômetro metabólico”: altos níveis sugerem má alimentação, sedentarismo, excesso de carboidratos e resistência à insulina.

Colesterol HDL

O HDL (lipoproteína de alta densidade) é o famoso colesterol “bom”. Ele faz o caminho inverso do LDL: retira o colesterol acumulado nas artérias e leva de volta ao fígado para eliminação. Por que o HDL é protetor?

  • Reduz o risco de infarto;

  • Tem ação anti-inflamatória;

  • Ajuda na “limpeza” das artérias.

Níveis baixos de HDL são tão preocupantes quanto o LDL alto, pois mostram que o corpo não está conseguindo “fazer manutenção” adequada do sistema cardiovascular.

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O que representa o colesterol total?

O colesterol total corresponde à soma de LDL, HDL e do VLDL estimado. Embora esse número ofereça uma visão geral do perfil lipídico, ele não deve ser interpretado isoladamente. Isso porque o colesterol total pode parecer alto apenas por conta de um HDL elevado, que, na verdade, é benéfico. Por isso, mais importante do que o valor global é entender como cada tipo de colesterol está distribuído no exame.

Como identificar os níveis de colesterol no organismo?

A única forma de avaliar com precisão é por meio de um exame de sangue (perfil lipídico), que analisa

  • LDL;

  • HDL;

  • VLDL;

  • Triglicerídeos;

  • Colesterol total.

O exame deve ser solicitado por um profissional de saúde, que também avalia fatores como histórico familiar, estilo de vida e outros exames associados. A recomendação geral é realizar o exame anualmente, mas pode ser necessária maior frequência para quem já tem alteração nos níveis de colesterol ou fatores de risco.

Quais são os riscos de ter o colesterol alto?

O colesterol elevado, especialmente o LDL e o VLDL, pode favorecer uma série de condições. Entre as mais comuns:

  • Doenças cardíacas: excesso de colesterol favorece o acúmulo de placas nas artérias, estreitando a passagem de sangue e podendo levar a angina e infarto;

  • Diabetes: altos níveis de triglicerídeos e VLDL estão relacionados à resistência à insulina, agravando quadros de pré-diabetes e diabetes tipo 2;

  • Acidente vascular cerebral (AVC): obstrução de artérias cerebrais por placas de gordura aumenta o risco de AVC isquêmico;

  • Pressão alta: a rigidez arterial provocada pelo acúmulo de gordura eleva a pressão e sobrecarrega o coração.

Principais causas do colesterol alto no corpo

O colesterol elevado pode ter múltiplas origens, algumas controláveis, outras não. Entre as mais comuns, estão:

  • Sedentarismo;

  • Sobrepeso e obesidade;

  • Tabagismo e álcool;

  • Alimentação rica em gorduras trans e saturadas (frituras, embutidos, fast food, snacks industrializados, entre outros);

  • Excesso de açúcar e carboidratos refinados, que elevam os triglicerídeos (pães brancos, macarrão feito de farinha branca, bolos, refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos, entre outros);

  • Uso de certos medicamentos (como corticoides, diuréticos tiazídicos, anticoncepcionais hormonais, antipsicóticos e isotretinoína);

  • Histórico familiar (hipercolesterolemia familiar);

  • Doenças endócrinas, como hipotireoidismo;

  • Idade (o metabolismo tende a ficar mais lento).

Entender a causa é fundamental para definir o melhor tratamento e incorporar à rotina as orientações de saúde que realmente fazem sentido para a realidade de cada pessoa.

Como controlar os níveis de colesterol no sangue?

A boa notícia: geralmente, pequenas mudanças já podem fazer grande diferença, sendo elas:

1. Ajuste a alimentação

  • Aumente o consumo de fibras alimentares (aveia, frutas, legumes, leguminosas, sementes);

  • Priorize carnes magras e gorduras boas (azeite, abacate, castanhas, peixes ricos em ômega 3);

  • Reduza frituras, embutidos, fast food e alimentos ultraprocessados;

  • Evite o excesso de açúcar, farinha branca e bebidas adoçadas.

Se você quer dar um passo a mais na construção de uma alimentação equilibrada, vale conhecer diferentes opções de folhas que podem deixar suas refeições mais nutritivas. No conteúdo folhas para salada, você encontra ideias simples para enriquecer seu prato e aumentar o consumo de fibras e antioxidantes no dia a dia.

2. Faça atividade física regularmente

Exercícios ajudam a aumentar o HDL e reduzir LDL e triglicerídeos.

3. Controle o peso

Mesmo uma perda de 5% a 10% do peso já melhora significativamente os níveis de colesterol e triglicerídeos.

4. Evite álcool e cigarro

Ambos prejudicam o metabolismo das gorduras.

5. Conte com o acompanhamento profissional

Dependendo do caso, pode ser necessário ajuste alimentar individualizado, suplementação ou uso de medicamentos prescritos.

6. Faça exames periódicos

Monitorar o perfil lipídico é essencial para prevenir riscos cardiovasculares e acompanhar a eficácia das mudanças.

O que você precisa lembrar sobre os tipos de colesterol

Entender a diferença entre LDL, HDL e VLDL é o primeiro passo para cuidar melhor da própria saúde e agir antes que os níveis saiam do controle. Com acompanhamento profissional e pequenas escolhas diárias, é possível manter o equilíbrio e proteger o coração ao longo da vida.

Se quiser continuar aprendendo sobre saúde, prevenção e bem-estar, explore os outros conteúdos do Blog Central Nutrition e siga conosco nessa jornada de conhecimento. Até mais!


Referências:

  • KJELDSEN, E. W.; NORDESTGAARD, L. T.; FRIKKE-SCHMIDT, R. HDL Cholesterol and Non-Cardiovascular Disease: A Narrative Review. International Journal of Molecular Sciences, v. 22, n. 9, p. 4547, 27 abr. 2021.

  • SCHADE, D. S.; SHEY, L.; EATON, R. P. Cholesterol Review: A Metabolically Important Molecule. Endocrine Practice, v. 26, n. 12, p. 1514–1523, dez. 2020.

  • GUO, J. et al. Cholesterol metabolism: physiological regulation and diseases. MedComm, v. 5, n. 2, 1 fev. 2024.

  • SONG, Y. et al. Cholesterol-induced toxicity: An integrated view of the role of cholesterol in multiple diseases. Cell Metabolism, v. 33, n. 10, p. 1911–1925, 5 out. 2021.

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