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Diabetes tipo 2: entenda o tratamento e saiba se tem cura

Pessoa medindo a glicose com aparelho.

Brenda de Oliveira Cordeiro

Com o aumento das taxas de obesidade e o estilo de vida cada vez mais sedentário, o diabetes tipo 2 se tornou uma preocupação de saúde pública global, sendo uma das condições crônicas mais comuns em todo o mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. Mas o que exatamente é o diabetes tipo 2, como ele afeta o corpo e, o mais importante, como pode ser tratado ou controlado?

Neste artigo, vamos explorar tudo sobre o diabetes tipo 2, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico, tratamentos e se há ou não cura. Confira!

O que é diabetes tipo 2: compreenda a condição

O diabetes tipo 2 é uma condição crônica que surge quando o organismo passa a ter dificuldade em usar a insulina de forma eficaz. Esse quadro é conhecido como resistência à insulina, ou quando a produção desse hormônio não é suficiente para equilibrar os níveis de glicose no sangue.

A insulina tem a função de transportar a glicose para dentro das células, onde ela é utilizada como fonte de energia. Quando há falhas nesse processo, o açúcar permanece em excesso na corrente sanguínea, o que pode causar danos ao longo do tempo, como comprometimento cardiovascular, renal e da visão.

Embora não tenha cura, o diabetes tipo 2 pode ser controlado com mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, atividade física regular e acompanhamento médico. O tratamento adequado contribui para a qualidade de vida e previne complicações graves. Mas, sem cuidado contínuo, os riscos aumentam significativamente.

Qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2?

Embora ambos os tipos envolvam problemas com o controle de glicose no sangue, existem diferenças fundamentais entre eles. No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Devido a esse ataque, o corpo não consegue produzir insulina ou produz uma quantidade muito reduzida, necessitando de injeções diárias de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. Esse tipo é mais comum em crianças e adultos jovens.

Como mencionamos, o tipo 2 geralmente se desenvolve quando o corpo não utiliza a insulina de maneira eficiente (resistência à insulina), quando as células não respondem adequadamente a ela ou quando há uma produção insuficiente de insulina. Diferentemente do tipo 1, que é uma doença autoimune permanente, o diabetes tipo 2 pode ser controlado e, em determinadas situações, até revertido por meio de um estilo de vida saudável e do uso de tratamentos adequados.

Principais causas e fatores de risco do diabetes tipo 2

O desenvolvimento do diabetes tipo 2 está frequentemente ligado a hábitos de vida e condições metabólicas. Excesso de gordura corporal, principalmente na região abdominal, alimentação desequilibrada, inatividade física, hipertensão e alterações no perfil lipídico são fatores que contribuem diretamente para o aumento da resistência à insulina.

Entre os principais fatores de risco identificados em estudos clínicos estão:

1. Acúmulo de gordura abdominal

A obesidade, especialmente com predominância de gordura visceral, interfere no funcionamento da insulina. Esse acúmulo reduz a sensibilidade celular ao hormônio e favorece o descontrole glicêmico.

2. Avanço da idade

A partir dos 45 anos, há uma tendência natural de queda na produção de insulina e no aumento da resistência à sua ação, o que torna a faixa etária um dos marcadores importantes para rastreio da doença.

3. Inatividade física

A prática regular de exercícios melhora a captação de glicose pelas células. A ausência de movimento, por outro lado, contribui para o ganho de peso e diminui a eficiência do metabolismo da insulina.

4. Hereditariedade e genética

Ter familiares próximos, como pais ou irmãos, com diagnóstico de diabetes tipo 2 aumenta significativamente a probabilidade de também desenvolver a condição ao longo da vida.

5. Fatores étnicos

Alguns grupos populacionais apresentam predisposição genética mais elevada para o diabetes tipo 2. Essa diferença deve ser considerada em avaliações clínicas e estratégias de prevenção.

6. Dieta com excesso de açúcares e gorduras ruins

Um padrão alimentar baseado em carboidratos simples, produtos ultraprocessados e gorduras saturadas pode sobrecarregar o pâncreas e acelerar o processo de resistência à insulina. Sendo assim, adicionar à rotina opções de alimentos ricos em ferro e outros nutrientes pode ser a melhor alternativa.

Condições associadas, como hipertensão e dislipidemias

Pressão alta e alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos frequentemente caminham junto ao diabetes, compondo o que os especialistas chamam de síndrome metabólica, um conjunto de fatores que aumentam o risco cardiovascular.

Sintomas do diabetes tipo 2: saiba como identificar

Os sintomas podem se manifestar de forma gradual, o que dificulta o diagnóstico, especialmente nos primeiros estágios da condição. No entanto, é fundamental estar atento aos sinais, que incluem:

  • Sede excessiva e boca seca;
  • Fome constante, mesmo após as refeições;
  • Fadiga inexplicável;
  • Vontade de urinar várias vezes, especialmente à noite;
  • Visão embaçada;
  • Cicatrização mais lenta de feridas;
  • Sensação de formigamento ou dormência nas mãos e nos pés (pode ser um sinal de neuropatia);
  • Perda de peso inexplicada, mesmo com aumento do apetite.

Se esses sintomas surgirem, é fundamental consultar um profissional de saúde para a realização de exames e um diagnóstico adequado.

Como é feito o diagnóstico do diabetes tipo 2?

A confirmação do diabetes tipo 2 exige a realização de exames laboratoriais específicos que analisam a concentração de glicose no sangue. Esses testes permitem identificar tanto alterações pontuais quanto padrões persistentes de hiperglicemia.

Glicemia em jejum

Esse exame mede os níveis de glicose após um período de jejum de 8 a 12 horas. Resultados iguais ou superiores a 126 mg/dL indicam a possibilidade de diabetes e exigem nova avaliação para confirmação.

Glicemia casual (ao acaso)

Utilizado em situações clínicas, esse teste verifica a glicose em qualquer momento do dia, independentemente da última refeição. Valores acima de 200 mg/dL, associados a sintomas clássicos como sede excessiva e urina frequente, podem indicar a doença.

Teste oral de tolerância à glicose (TOTG)

Após ingerir uma solução padronizada com glicose, o paciente tem o sangue analisado em momentos específicos. O objetivo é observar como o organismo responde à sobrecarga de açúcar. Um resultado superior a 200 mg/dL após 2 horas sugere diagnóstico positivo.

Hemoglobina glicada (HbA1c)

Esse exame mede a média da glicose no sangue ao longo dos últimos dois a três meses. É um dos métodos mais confiáveis para o acompanhamento da doença. Valores iguais ou superiores a 6,5% indicam controle glicêmico alterado, compatível com diabetes tipo 2.

Abaixo, estão os principais exames utilizados e seus respectivos valores de referência que ajudam o médico a identificar a presença da doença:

CritériosNormalPré-diabetesDM
Glicemia de jejum (mg/dl)< 100100-125≥ 126
Glicemia ao acaso (mg/dl) + sintomas≥ 200
Glicemia de 1 hora no TTGO (mg/dl)< 155155-208≥ 209
Glicemia de 2 horas no TTGO (mg/dl)< 140140-199≥ 200
HbA1c (%)< 5,75,7-6,4≥ 6,5

Com base nos resultados desses exames, o médico pode diagnosticar o diabetes tipo 2 e iniciar o tratamento apropriado.

Qual é o tratamento para o diabetes tipo 2?

O tratamento do diabetes tipo 2 tem como objetivo controlar os níveis de glicose no sangue e prevenir complicações. As principais opções incluem:

  • Mudanças no estilo de vida: uma alimentação balanceada, uma rotina sem alimentos industrializados e a prática regular de exercícios físicos são essenciais para controlar o diabetes tipo 2. A perda de peso, especialmente em pessoas obesas, pode melhorar significativamente a sensibilidade à insulina. Além de manter o sono adequado, redução do estresse e controle de fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e dislipidemia;
  • Medicamentos orais: muitos pacientes com diabetes tipo 2 utilizam medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de glicose no sangue, como metformina, sulfonilureias e inibidores da DPP-4, entre outros;
  • Insulina: embora o diabetes tipo 2 geralmente não exija insulina no início, em alguns casos a produção de insulina pelo pâncreas diminui com o tempo, exigindo a administração do hormônio.

É recomendado analisar regularmente os níveis de glicose no sangue, a pressão arterial, o colesterol e a função renal, a fim de ajustar o tratamento conforme necessário.

Hábitos saudáveis e alimentação no controle do diabetes tipo 2

Para controlar o diabetes tipo 2, algumas diretrizes importantes incluem:

  • Priorizar alimentos com baixo índice glicêmico: opções como grãos integrais, legumes e vegetais são digeridas de forma mais lenta, contribuindo para a manutenção de níveis estáveis de glicose no sangue. Além disso, alimentos que diminuem a vontade de comer também são uma alternativa;
  • Reduzir o consumo de alimentos processados e ricos em açúcar: esses produtos tendem a causar elevações rápidas na glicemia, dificultando o controle adequado do diabetes;
  • Incluir proteínas magras: carnes magras, peixes, ovos e leguminosas são boas fontes de proteína e contribuem para o controle do apetite;
  • Moderação nas porções alimentares: fracionar as refeições ao longo do dia, com porções menores, auxilia tanto no controle do peso quanto na estabilização dos níveis de açúcar no sangue;
  • Priorizar alimentos ricos em fibras: frutas com casca, verduras frescas, legumes e cereais integrais (como arroz integral, aveia, quinoa e pão integral) auxiliam no controle da glicemia e promovem maior saciedade, além de contribuir para a melhora da saúde intestinal;
  • Manter uma rotina de atividade física regular: exercícios aeróbicos, como caminhadas e natação, e de resistência, como a musculação, ajudam a aumentar a sensibilidade à insulina e favorecem o controle glicêmico;
  • Gerenciar o peso corporal: a redução e manutenção de um peso saudável são essenciais para diminuir a resistência à insulina e melhorar a resposta ao tratamento.

Suplementação alimentar: potencial no complemento do tratamento

A suplementação alimentar pode ser uma grande aliada no controle do diabetes tipo 2, especialmente quando combinada com um estilo de vida saudável. Diversos nutrientes têm mostrado benefícios comprovados no controle glicêmico. A seguir, destacam-se alguns:

  • Magnésio, Cromo e Inositol: melhoram a ação da insulina no corpo. O magnésio e o cromo aumentam a eficácia da insulina, facilitando a entrada de glicose nas células. O inositol também melhora a resposta das células à insulina e reduz os níveis de glicose no sangue;
  • Feno-grego e Canela: ambos contribuem no controle da glicemia, auxiliando na melhora da sensibilidade das células à insulina e, consequentemente, no equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. O feno-grego reduz a resposta glicêmica após as refeições, enquanto a canela contribui para a captação de glicose pelas células e também possui propriedades antioxidantes;
  • Zinco e Vitamina C: o zinco ajuda a sintetizar, armazenar e liberar insulina, enquanto a vitamina C protege as células do pâncreas, que produzem insulina. Ambos trabalham para apoiar a função da insulina no corpo;
  • Fibra de maçã e Inulina: essas fibras solúveis retardam a digestão e a absorção de carboidratos, o que resulta em uma resposta glicêmica mais lenta e estável, ajudando a controlar o açúcar no sangue.

O SYNERGY CONTROL é uma excelente opção para complementar o tratamento da resistência à insulina, do pré-diabetes ou do diabetes tipo 2. Sua fórmula sinérgica combina esses ingredientes essenciais para melhorar a sensibilidade e a ação da insulina, auxiliando no controle de níveis saudáveis de glicose no sangue.

Sua abordagem funcional e integrativa vai além de manter o controle glicêmico, promovendo também benefícios à saúde metabólica, como o auxílio no controle da síndrome dos ovários policísticos (SOP) e da esteatose hepática. Para mais vitalidade e energia, ajudando a reduzir a sensação de fadiga e cansaço.

Ao integrar a suplementação alimentar ao seu dia a dia, você pode manter o controle glicêmico e melhorar sua saúde metabólica.

Existe cura para o diabetes tipo 2? Veja o que diz a ciência

Atualmente, não existe uma cura definitiva para o diabetes tipo 2, mas a condição pode ser controlada com sucesso. Em alguns casos, pessoas que perdem peso de forma significativa, adotam uma alimentação saudável e praticam exercícios físicos regularmente conseguem normalizar os níveis de glicose no sangue e reduzir, ou até eliminar, a necessidade de medicamentos. No entanto, isso não significa que a doença tenha sido “curada”; ela deve continuar sendo monitorada de forma contínua.

Estudos mostram que entre 30% e 60% dos pacientes submetidos a cirurgias metabólicas apresentam uma normalização duradoura dos níveis de glicose no sangue e deixam de utilizar medicamentos, sendo conhecido como remissão do diabetes tipo 2.

Complicações do diabetes tipo 2: como prevenir e tratar

Sem um controle adequado, o diabetes tipo 2 pode levar a complicações graves, especialmente quando há falha no controle dos níveis glicêmicos. Entre as principais complicações, destacam-se:

  • Complicações cardiovasculares: infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial periférica, insuficiência cardíaca e angina. Pacientes diabéticos têm risco aumentado de aterosclerose, que pode ocorrer precocemente e de forma mais grave;
  • Neuropatia diabética: danos nos nervos, especialmente nas extremidades dos membros inferiores, o que causa perda de sensibilidade, formigamento, dor e pode levar ao pé diabético, com risco de úlceras e amputações;
  • Retinopatia diabética: danos aos vasos sanguíneos dos olhos, mais especificamente na retina, podendo causar cegueira;
  • Problemas renais: o diabetes pode prejudicar os rins, levando à insuficiência renal;
  • Infecções frequentes: de pele, trato urinário e outras, devido à alteração na função dos glóbulos brancos.

A prevenção dessas complicações exige o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, da pressão arterial e do colesterol.

Quando procurar um profissional da saúde?

Caso apresente sinais compatíveis com o diabetes tipo 2 ou pertença a um grupo de risco, busque orientação de um profissional de saúde para a realização de exames. O diagnóstico precoce, aliado a um tratamento apropriado, é essencial para a prevenção de complicações mais graves.

Se você já foi diagnosticado com diabetes tipo 2, deve realizar consultas regulares com seu médico para monitorar a condição e ajustar o tratamento conforme necessário.


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