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Glutamina: para que serve, benefícios e como tomar

Mulher sorrindo com copo de água em casa

Brenda de Oliveira Cordeiro

A glutamina é um aminoácido não essencial, o que significa que o organismo consegue produzi-la naturalmente para atender às suas necessidades básicas. No entanto, em situações de alta demanda, estresse metabólico ou catabólico, como após exercícios de alta intensidade, lesões, doenças, cirurgias ou quando o sistema imunológico precisa ser fortalecido, a demanda do corpo por glutamina pode superar a capacidade de produção.

Nessas condições, ela é considerada condicionalmente essencial, sendo necessária sua obtenção por meio da dieta ou suplementação para manter níveis adequados. Neste artigo, exploraremos os benefícios, a composição, a dosagem recomendada e as precauções associadas ao uso de glutamina, oferecendo um guia completo para quem deseja incorporá-la à sua rotina de cuidados com a saúde.

Boa leitura!

Glutamina: para que serve e como age no corpo?

A glutamina é fundamental para a recuperação do organismo, especialmente na manutenção da saúde intestinal e no fortalecimento do sistema imunológico. O intestino, que abriga uma grande quantidade de células imunológicas, desempenha um papel importante na defesa do corpo contra infecções. Quando a saúde intestinal está comprometida, a capacidade do corpo de se proteger pode ser afetada.

A glutamina ajuda a manter a integridade da mucosa intestinal, promovendo uma microbiota saudável e, consequentemente, fortalecendo a resposta imunológica. Inclusive, esse aminoácido não essencial pode prevenir desequilíbrios no trato gastrointestinal e ajudar em condições como a permeabilidade intestinal excessiva, conhecida como “intestino permeável” ou “Leaky gut”.

Além disso, é importante para a síntese de proteínas, auxiliando na reparação e regeneração de tecidos danificados, principalmente após atividades físicas intensas, lesões ou cirurgias.

Qual é a composição da glutamina?

A glutamina é composta por uma cadeia de carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio, que a torna um aminoácido ácido. Ela é formada pela combinação do ácido glutâmico com uma molécula de amônia. Esse aminoácido pode ser encontrado em altas concentrações no sangue e nos músculos, onde desempenha uma função importante na síntese de proteínas e no processo de recuperação celular.

Colher branca com glutamina em pó em fundo neutro

Apesar de ser não essencial, a glutamina pode ser produzida pelo corpo a partir de outros aminoácidos, como o ácido glutâmico e a prolina, quando há necessidade. Na suplementação, ela é geralmente composta por L-glutamina pura, sem aditivos. No entanto, a composição pode variar dependendo do fabricante e da fórmula utilizada. Algumas fórmulas a combinam com outros ativos para potencializar seus benefícios e melhorar a eficácia do suplemento.

Benefícios da glutamina para a saúde

A glutamina oferece diversos benefícios importantes para a saúde, incluindo:

1. Saúde intestinal

A glutamina é uma fonte de energia para as células do trato gastrointestinal. Ela ajuda a manter a integridade da mucosa intestinal, reduzindo a permeabilidade do intestino e prevenindo infecções e inflamações.

2. Fortalecimento do sistema imunológico

Durante situações de estresse, como doenças ou recuperação pós-cirúrgica, o corpo pode consumir mais glutamina do que é capaz de produzir, o que enfraquece as defesas do organismo. Ela é usada pelas células de defesa como uma fonte de energia.

A suplementação ajuda a manter o sistema imunológico fortalecido, prevenindo infecções e melhorando a resposta do corpo a doenças.

3. Melhora da recuperação muscular

Como um dos aminoácidos mais abundantes nos músculos, a glutamina atua na recuperação após exercícios intensos. Ela ajuda a reduzir a quebra de proteínas musculares (catabolismo), acelerando o processo de regeneração e diminuindo a dor muscular, o que é especialmente importante após treinos de resistência e musculação.

Mulher correndo ao ar livre usando fones de ouvido

4. Proteção antioxidante

Produz a glutationa no fígado, uma ação antioxidante que protege as células e tecidos do envelhecimento e do desenvolvimento de doenças.

5. Equilíbrio ácido-base

A glutamina também auxilia na regulação do equilíbrio ácido-base no corpo, ajudando a manter o pH adequado nas células e tecidos. Esse equilíbrio é importante para o funcionamento normal das células e para a prevenção de distúrbios metabólicos.

Quando tomar glutamina?

A glutamina pode ser tomada em diferentes momentos, dependendo do objetivo. Para praticantes de atividades físicas, pode ser usada antes ou após o treino. Antes do treino, ajuda a prevenir o catabolismo muscular e melhora a performance. Após o treino, é mais comum, pois acelera a recuperação muscular, ajudando a otimizar os resultados.

Também pode ser utilizada em jejum, quando os níveis de glutamina no corpo podem estar baixos. Além disso, pessoas com problemas intestinais ou que enfrentam estresse intenso podem se beneficiar ao tomar glutamina regularmente.

Suplementação de glutamina: quem pode se beneficiar?

A seguir, destacamos quem pode se beneficiar dessa suplementação:

  • Pessoas com distúrbios intestinais: condições como síndrome do intestino irritável (SII), doenças inflamatórias intestinais (DII), colite ou outras condições podem se beneficiar ao fortalecer a barreira intestinal e reduzir inflamações;
  • Atletas e praticantes de atividades físicas intensas: para melhorar a recuperação muscular, redução de fadiga e pode ajudar na manutenção de massa magra;
  • Indivíduos com sistema imunológico enfraquecido: pessoas com sistema imunológico comprometido podem utilizar para fortalecer as defesas naturais do corpo;
  • Pacientes hospitalizados ou em condições críticas: indivíduos com queimaduras graves ou câncer podem apresentar catabolismo severo e perda de massa magra. A glutamina ajuda na recuperação desses pacientes, sendo administrada frequentemente em ambientes hospitalares;
  • Pacientes em processos pré e pós-operatórios: ela pode ajudar a melhorar a regeneração celular e acelerar o processo de cicatrização, promovendo uma recuperação mais eficiente.

Como tomar glutamina: doses e recomendações

A dosagem pode variar dependendo das necessidades individuais, da intensidade da atividade física e das condições de saúde. A seguir, apresentamos as principais orientações para a suplementação:

  • Dose geral: a recomendação padrão varia entre 5 e 10 gramas por dia, podendo ser ajustada conforme a necessidade individual;
  • Atletas de alta intensidade: podem consumir entre 10 e 20 gramas por dia, divididas em doses menores ao longo do dia, especialmente após o treino e antes de dormir, para otimizar a recuperação muscular;
  • Pacientes hospitalizados ou em condições críticas: em casos específicos, como doenças intestinais ou catabolismo severo (queimaduras ou cirurgias), doses mais altas, como 20 a 30 gramas por dia, podem ser indicadas sob supervisão médica. Frequentemente administrada por via intravenosa.

Em caso de condições específicas de saúde, é importante consultar um profissional de saúde para ajustar a dosagem conforme a necessidade. Não é recomendada para menores de 18 anos, gestantes e lactantes ou pessoas com problemas renais sem acompanhamento médico.

Confira os efeitos colaterais e precauções ao tomar glutamina

A glutamina é, em geral, considerada segura para a maioria das pessoas, especialmente quando tomada nas doses recomendadas. No entanto, em doses muito altas, ela pode apresentar efeitos, como:

  • Distúrbios gastrointestinais: como desconforto abdominal, diarreia e inchaço;
  • Dor de cabeça: especialmente em doses elevadas;
  • Reações alérgicas raras: como erupções cutâneas e dificuldades respiratórias.

Quem deve evitar a suplementação de glutamina?

O aminoácido não essencial deve ser evitado por:

  • Pessoas com problemas renais: a glutamina pode ser contraindicada para indivíduos com insuficiência renal, pois pode sobrecarregar os rins;
  • Pessoas com distúrbios hepáticos graves: aqueles com doenças hepáticas graves devem consultar um médico antes de usar glutamina, pois ela pode afetar a função hepática.

Grávida pode tomar glutamina?

A suplementação de glutamina durante a gravidez não é amplamente estudada, por isso, é importante consultar um médico antes de utilizar o suplemento. Embora a glutamina seja um aminoácido natural encontrado no corpo, os efeitos em mulheres grávidas não são completamente conhecidos, e a segurança deve ser garantida por um profissional de saúde.

Agora que você tem as respostas para as principais dúvidas sobre o assunto, já sabe se deve ou não investir no aminoácido não essencial. Caso ainda tenha perguntas, nossa equipe está à disposição para ajudá-lo a fazer a melhor escolha e investir em um de nossos suplementos, como o Guardian. Estamos aqui para garantir o seu bem-estar e saúde.

Até mais!


Referências:

  • CRUZAT, V. et al. Glutamine: Metabolism and Immune Function, Supplementation and Clinical Translation. Nutrients, v. 10, n. 11, p. 1564, 23 out. 2018.
  • ‌RAMEZANI AHMADI, A. et al. The effect of glutamine supplementation on athletic performance, body composition, and immune function: A systematic review and a meta-analysis of clinical trials. Clinical Nutrition, v. 38, n. 3, p. 1076–1091, jun. 2019.
  • ‌CURI, R. et al. Molecular mechanisms of glutamine action. Journal of Cellular Physiology, v. 204, n. 2, p. 392–401, 2005.
  • ‌DETERS, B. J.; SALEEM, M. The role of glutamine in supporting gut health and neuropsychiatric factors. Food Science and Human Wellness, v. 10, n. 2, p. 149–154, 1 mar. 2021.

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