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Catabolismo Muscular: saiba como evitá-lo

Certamente você já ouviu falar no catabolismo muscular. Isso mesmo, o que muitos chamam de perda de massa magra. O processo pode ocorrer por diversos motivos, como: envelhecimento, prática de atividade física desregulada, baixa ingestão de proteínas, entre outros. Mas você sabia que este não envolve apenas os músculos? Em síntese, o catabolismo se trata de um conjunto de ações metabólicas que ocorrem a fim de quebrar alguma molécula complexa para gerar energia. Essas moléculas podem ser carboidratos, lipídios e, as tão conhecidas, proteínas.

As vias metabólicas envolvidas no catabolismo são variadas:

1. GLICÓLISE: é o processo pelo qual a glicose, um carboidrato, é transformada em piruvato, gerando energia em forma de ATP. Essa é a fonte energética principal do nosso organismo.

2. BETA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS: trata-se de um processo catabólico que ocorre nas mitocôndrias das células, no qual os ácidos graxos são degradados em acetil-CoA. Esse processo é responsável pela geração de energia a partir dos ácidos graxos armazenados nos tecidos adiposos e, também, dos ácidos graxos provenientes da dieta. Trata-se de uma fonte energética, geralmente abundante e de segunda escolha do organismo de maneira geral.

3. DECOMPOSIÇÃO DE AMINOÁCIDOS: esta, por sua vez, trata-se da quebra dos aminoácidos (principal componente do tecido muscular) em componentes mais simples. Este processo também origina energia, mas não é a matriz de preferência do organismo.

Como acontece a degradação proteica?

Em diversos processos e motivos, nosso organismo entra em catabolismo proteico, ou o que chamamos anteriormente de decomposição de aminoácidos. De maneira geral, isso ocorre quando temos baixa ingestão de carboidratos e lipídeos e possuímos uma reserva escassa de glicose e tecido adiposo. O catabolismo muscular possui, também, alta prevalência em indivíduos a partir dos 40 anos em que a taxa metabólica de catabolismo aumenta e o anabolismo diminui.

Por exemplo: durante exercícios intensos e de longa duração, jejum prolongado, dietas muito restritivas e condições de estresse ou doenças crônicas, o organismo pode mobilizar as reservas de glicogênio muscular e hepático, além das células do tecido adiposo. No entanto, quando essas reservas se esgotam, o catabolismo muscular é iniciado para fornecer energia.

Durante esse processo, ocorre a degradação das proteínas musculares em aminoácidos, que podem ser utilizados como substratos para a produção de energia. Os aminoácidos são transportados para o fígado, onde podem ser convertidos em glicose através de um processo chamado gliconeogênese. Essa glicose é liberada na corrente sanguínea e utilizada como fonte de energia por outros tecidos do corpo.

Além da produção de glicose, os aminoácidos provenientes do catabolismo muscular também podem ser utilizados para a síntese de outros compostos, como neurotransmissores, hormônios e enzimas. Essa é uma forma de reciclagem dos aminoácidos, em que os componentes estruturais dos músculos são quebrados para fornecer blocos de construção para outras funções metabólicas. Dessa forma, conseguimos entender que o catabolismo muscular participa do processo de homeostase do organismo, tendo os aminoácidos como essenciais para a vida e o bem-estar do indivíduo.

De maneira geral, esse processo ocorre a fim de preservar o organismo, quando a demanda energética é superior ao que pode ser obtido por meio da glicólise e a beta oxidação de ácidos graxos. Assim, o organismo necessita de utilizar o tecido muscular a fim de suprir as necessidades energéticas do organismo.

No entanto, é importante ressaltar que o catabolismo muscular excessivo e sem a adequada renovação do tecido, de maneira crônica, pode levar à perda de massa muscular. Esse ponto, na maioria das vezes, é indesejável, sobretudo em pacientes idosos e em treinamentos físicos. Uma boa composição corporal conta com uma quantidade de massa magra abrangente no organismo. Portanto, são necessárias algumas medidas para se evitar um quadro de fragilidade muscular.

Como evitar o catabolismo muscular?

·   Garanta um consumo adequado de nutrientes: especialmente as proteínas

Certifique-se se o seu consumo de nutrientes está adequado para suas demandas energéticas. Devemos definir fontes de carboidratos adequadas, sobretudo se você pratica atividade física de alto impacto e alta demanda energética, uma vez que o carboidrato é a principal fonte de energia do organismo. Necessitamos incluir carboidratos complexos na dieta como frutas, legumes e tubérculos. Além disso, é impreterível a adequação da ingestão de proteínas e aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo nosso organismo), uma vez que esses são fundamentais na síntese e recuperação muscular. Para isso, é muito importante consultar um profissional nutricionista capacitado para adequação da dieta de acordo com necessidades individuais.

·   Distribua as refeições ao longo do dia

Distribua sua alimentação em diversas refeições menores ao longo do dia. Isso ajuda a manter o fluxo constante de nutrientes na corrente sanguínea durante todo o dia, a fim de evitar jejuns prolongados sem acompanhamento, afastando, assim, a necessidade de catabolismo muscular para produção de energia.

·   Faça exercícios de força: são indispensáveis na prevenção do catabolismo muscular crônico

Os exercícios e treinamentos de força, como a musculação, são essenciais no processo de preservação da massa magra, ajudando no estímulo de crescimento muscular e síntese proteica e, desse modo, auxilia o organismo a enviar sinais de que o tecido muscular é necessário, evitando também o catabolismo muscular.

·   Descanse e recupere-se adequadamente: é primordial para a construção muscular

O nosso organismo necessita de um período adequado de descanso para recuperar as energias gastas e para auxiliar no processo de construção muscular. De maneira geral, o estresse que a atividade física provoca precisa ser recuperado para evoluir o processo de síntese proteica e muscular. Evite, também, longos exercícios aeróbicos, uma vez que estes podem aumentar o catabolismo, devido à alta necessidade de energia para conclusão destas atividades.

Leia também: Como evitar o catabolismo em veganos?

CONCLUSÃO

Em resumo, o catabolismo muscular é um processo metabólico normal do organismo, mas deve estar em concordância com o processo de anabolismo, para que se evite a perda excessiva e crônica de massa magra. Desse modo, existe uma vasta lista de medidas que podem e devem ser tomadas a fim de evitar o catabolismo muscular excessivo como: o consumo adequado de carboidratos e aminoácidos, sobretudo os aminoácidos essenciais; treinamentos de forças e descanso. Dito isso, devemos lembrar sempre que o acompanhamento com profissionais especializados no assunto é de extrema importância, uma vez que esses estão habituados a definirem as demandas de cada pessoa e elaborar um plano adequado.

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